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 Yu-Gi-Oh! O Torneio de Horus

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Guardian Angel
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Guardian Angel

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Yu-Gi-Oh! O Torneio de Horus - Página 3 Empty
MensagemAssunto: Re: Yu-Gi-Oh! O Torneio de Horus   Yu-Gi-Oh! O Torneio de Horus - Página 3 Icon_minitime30/12/2011, 8:53 am

Espero que tenham todos tido um bom Natal. Trago agora não um mas dois capítulos da minha fanfic, uma vez que a primeira parte da história termina no capítulo 25. Se houver um bom feedback, colocarei aqui a segunda parte.
Sei que o post vai ser grande, com dois capítulos, mas é um duelo decisivo e que vai trazer uma grande reviravolta na vida das personagens.


Capítulo XXIV – A Batalha do Último Mestre! Enfrentando o Mundo das Trevas!

Joey corria por entre as árvores, seguindo o carreiro que tomara quando se separara de Odion. Queria chegar o mais depressa possível até junto dele, para o ajudar na batalha contra os Mestres da Escuridão. Quem sabe quantos mais estariam por vir? Odion não tinha força suficiente para os derrotar a todos.
“Tenho de o encontrar” dizia a si mesmo, enquanto corria a toda a velocidade, passando por vezes por duelistas solitários, que por vezes o desafiavam. Mas ele não tinha tempo para aquilo. Mesmo que não conseguisse entrar nas finais a tempo, ao menos ajudaria os seus amigos na luta contra o Culto da Morte.
“Como pude ser tão idiota?” Culpava-se constantemente por se ter deixado levar pelo trauma do seu último duelo. Perdera redondamente contra Chrono, mas o Joey de antigamente nunca se teria deixado influenciar por isso. Continuaria a lutar, voltaria certamente a desafiar aquele que o derrotara até o conseguir vencer.
De repente ouviu um grito, e automaticamente estacou o passo. Vinha do seu lado direito e parecia-lhe bem familiar. Estava perto de Odion. E ele estava em apuros. Estugou o passo e cortou caminho através das árvores, de forma a chegar mais depressa. Oxalá não fosse tarde de mais.
Rapidamente chegou a uma grande clareira. A mesma onde se despedira de Odion. Ao seu lado estava o corpo inerte de um homem vestido com umas roupas estranhas, como se fosse um gladiador. Olhou mais em frente e o seu coração parou com o que viu.
Odion encontrava-se caído contra uma árvore, respirando com dificuldade. O seu Duel Disk estava activado e as cartas do baralho espalhadas em seu redor. Joey correu para ele a toda a velocidade e ajoelhou-se junto dele, segurando-lhe a cabeça gentilmente. Odion tinha os olhos semiabertos. Conseguia ver o rapaz, embora dificilmente, mas o suficiente para esboçar um esforçado sorriso.
- Sr. Weeler… – murmurou, a custo. – Sabia que iria voltar…
- Que te aconteceu, Odion?
- Ele perdeu o duelo – disse uma voz cavernosa e arrastada. – A punição está para vir.
Joey voltou-se e viu uma figura encapuçada, completamente vestida de negro. A bruma no interior do capuz era tão cerrada que não se conseguia ver-lhe o rosto. Mesmo assim, Joey não se deixou intimidar.
- Quem és tu? – indagou, enraivecido. – O que lhe fizeste?
- Derrotei-o num duelo – respondeu o ser. – Há que dar-lhe os parabéns. Conseguiu derrotar ali o Jullian, mas não teve estofo para mim. Pudera; sou mais poderoso dos doze Mestres da Escuridão.
- Odion… – murmurou Joey, voltando a sua atenção para o companheiro.
- Sr. Weeler… tem de o derrotar – disse Odion, a voz cada vez mais fraca. – Ele é pior que tudo o que já vi antes…
- Do que estás a falar?
Mas Odion não respondeu. Ergueu a custo a mão direita e mostrou uma carta a Joey. O rapaz olhou para ela e reconheceu-a de imediato.
- Essa é…
- A carta que eu apostei, lembra-se? Agora… é sua…
- Como podes estar a pensar na aposta agora? Olha para ti…
- Esta carta vai ajudá-lo – interrompeu o homem, com cada vez mais dificuldades em falar. – E use as minhas Pintas… vão ajudá-lo a entrar nas finais…
- Não fales, Odion – implorou Joey. Mas Odion insistia em continuar:
- A minha alma vai ser tomada… Mas ainda há uma hipótese… Vença-o…
Joey olhou para a carta que Odion lhe estendera. Mais cedo ou mais tarde teria de enfrentar aquele que derrotara o seu amigo. Mas em parte sentia-se culpado por o ter abandonado quando ele mais precisara. Como pudera ter sido tão egoísta?
- Tenha cuidado, Sr Weeler… com essa carta – advertiu Odion. – Ela vai ajudá-lo… Mas, por favor, use-a apenas em último caso…
- Odion… – Joey estava a perdê-lo; a voz do seu companheiro era cada vez mais fraca.
- Os que usaram essa carta antes… tornaram-se malignos. Não pode deixar que essa carta o influencie… Para a usar… precisa de ter um coração puro…
- Odion… – O rapaz já nem o ouvia. Lágrimas começavam a escorrer-lhe pelo rosto, à medida que os olhos de Odion se encerravam lentamente.
- Conto contigo… Joey… – sussurrou o homem, antes de fechar definitivamente os olhos.
- Mais uma alma para o grande Seth – disse a figura encapuçada. – Apenas falta a tua, Weeler.
Joey levantou-se e voltou-se para a figura de capuz. As suas mãos estavam fortemente cerradas, e por todo ele emanava uma aura de ódio e raiva. Lentamente, tirou o baralho e inseriu a carta que Odion lhe dera no meio. Enquanto baralhava as cartas, o ser encapuçado arregaçou a manga esquerda e exibiu um Duel Disk. A mão direita inseriu o deck na abertura correspondente.
- Estás pronto para o último duelo da tua vida? – indagou. – Se pensas que me consegues derrotar, desengana-te. Eu sou Heishin, o Soberano Negro do Mundo das Trevas.
- Quero lá saber quem tu és! – bradou Joey, activando o Duel Disk. – Vou acabar contigo!
- Hmm… – Havia algo que parecia indignar Heishin. – Este rapaz…
- Pára de falar! – gritou Joey.
- Duelo!!!

Heishin – 4000
Joey – 4000


- Começo eu – anunciou Heishin, sacando. Antes de mirar a carta olhou para o seu adversário e sorriu ao notar tanta raiva contida no rapaz. – Activo a carta mágica Dark World Dealings. O seu efeito permite a ambos sacar uma carta do baralho, e, de seguida, descartar uma da mão.
Joey nada disse, enquanto sacava a carta sem tirar os olhos de Heishin. E quase nem olhou para a mão quando descartou uma carta. O Mestre da Escuridão fez o mesmo.
- Agora activo a habilidade especial da criatura que eu descartei – continuou o Soberano Negro. – Invoco especialmente Goldd, Wu-Lord of Dark World (2300/1400) em modo de ataque do meu cemitério.
Uma gigantesca criatura de corpo avermelhado, asas, chifres e um poderoso machado apareceu em jogo. Joey não compreendia o que se estava a passar.
- Como fizeste isso? – indagou, mantendo-se na defensiva.
- É simples – respondeu Heishin. – A maioria das minhas criaturas do Mundo das Trevas activa as suas habilidades especiais quando são descartadas para o cemitério. No caso do Goldd, como eu o enviei para o cemitério com o efeito do Dark World Dealings, pude invocá-lo especialmente.
Joey tinha de admitir. O seu adversário começara bem. Não era de admirar que tivesse conseguido vencer Odion tão facilmente.
- Agora invoco Zure, Knight of Dark World (1800/1500) em modo de ataque.
Uma criatura igualmente horrorosa, envergando uma capa esfarrapada e empunhando uma espada reluzente, apareceu.
- Termino a minha vez.
Joey tentou fazer de tudo para não se sentir impressionado com as habilidades de Heishin. Contudo, era impossível não se sentir alarmado com tamanhas criaturas prontas para o atacar. Mirou o corpo inerte de Odion e a sua raiva aumentou. Era como se sentisse uma aura de ódio à sua volta, embora não se preocupasse com isso.
- Minha vez. – Sacou e olhou para a mão pela primeira vez. – Invoco Goblin Attack Force (2300/0) em modo de ataque.
Um pequeno grupo de goblins, armados com mocas, surgiu em jogo.
- Ataquem o Zure!
Os goblins avançaram a toda a carga, atropelando literalmente o demónio de Darkon.

Heishin – 3500

- Os meus goblins passam para modo de defesa depois de atacarem – informou Joey. – Deixo uma carta virada para baixo e encerro.
Heishin não parecia incomodado com a perda. De facto, agia como se tudo aquilo tivesse mesmo de acontecer.
- Hmm… - A sua voz denotava uma certa satisfação. – Essa foi uma boa demonstração de poder. Mas ainda há muito para desenvolver…
- Do que estás a falar? – perguntou Joey, enquanto via o oponente sacar uma carta.
- Muito em breve, Joey Weeler, a tua alma fará parte do grande Seth. E quanto mais ódio retiveres dentro de ti mais alimento terá o nosso deus…
Joey não queria ouvir aquilo. Do que estaria Heishin a falar? Era natural ele sentir ódio: acabara de perder um amigo para o deus do Mal.
- Activo a carta mágica contínua Card of Safe Return. Agora, sempre que um monstro for invocado especialmente do cemitério eu posso puxar uma carta nova.
» Agora invoco ao campo Brron, Mad King of Dark World (1800/400) em modo de ataque.»
Outra horrível criatura. Enormes braços esqueléticos e rosto demoníaco.
- Ataco os teus goblins com o Goldd.
A criatura de Heishin avançou e ceifou os goblins todos com uma única machadada.
- Agora, Brron, ataca-o directamente.
Enquanto Brron fazia girar uma série de correntes, Joey perguntava-se por que razão o seu adversário não atacara antes com Brron, deixando Goldd atingi-lo para um maior dano. Os seus pensamentos foram interrompidos quando sentiu uma das correntes atingi-lo com força.

Joey – 2200

- Activo agora a habilidade especial de Brron – anunciou Heishin, sorrindo. – Sempre que ele infligir dano nos pontos de vida do meu adversário eu posso descartar uma carta da minha mão.
Logo que Heishin descartou a carta, uma nova criatura surgiu. Um novo demónio, armado com uma comprida lança.
- Apresento-te Beiige, Vanguard of Dark World (1600/1300). Quando ele é descartado posso invocá-lo especialmente para o campo.
» E como invoquei um monstro especialmente do meu cemitério, o efeito da Card of Safe Return é activado, permitindo-me sacar uma carta.»
“Agora estou em sarilhos” pensou Joey, quando o seu adversário anunciou o ataque. O rapaz gritou de dor quando sentiu a lança virtual atravessá-lo com a maior das facilidades.

Joey – 600

- Isto não vai durar muito mais – comentou Heishin. – Apenas coloco uma carta virada para baixo e termino.
Joey cerrou a mão direita, enraivecido. Se aquilo continuasse assim iria perder o duelo em pouco tempo. Não podia deixar que aquilo lhe acontecesse. Prometera a Odion que o iria vingar. O duelo ainda não estava acabado, apesar de ter perdido quase todos os pontos de vida.
- Minha vez. – Sacou. – Activo a carta mágica The Warrior Returning Alive. Com isto posso trazer de volta os meus goblins do cemitério e adicioná-los à minha…
Foi interrompido pela gargalhada diabólica de Heishin.
- Permite-me activar a minha carta armadilha Dark Deal. Eu apenas posso activar esta carta quando o meu adversário activa uma carta mágica normal. Agora, pelo mero preço de 1000 dos meus pontos de vida posso mudar o efeito da tua carta mágica. E o efeito novo permite-me descartar uma carta da minha mão.

Heishin – 2500

“Raios!” praguejou Joey, vendo o seu oponente enviar uma carta para o cemitério. Nesse mesmo momento surgiu uma nova criatura. Um enorme monstro de enorme capa, chifres e segurando uma espécie de punhal.
- Outro? – indignou-se Joey.
- Tenho de te agradecer por isso, Weeler – disse Heishin, irónico. – Como descartei o Sillva, Warlord of Dark World (2300/1400) o seu efeito permite-me invocá-lo especialmente.
» E não te esqueças que a Card of Safe Return ainda está em jogo, o que significa que saco mais uma carta.»
Agora Heishin tinha quatro poderosos monstros no seu lado do campo. Joey começava a perder as esperanças. A sua mão não tinha criaturas suficientemente poderosas para rivalizar com os monstros do seu oponente. Mas isso não queria dizer que iria desistir.
- Invoco o meu Axe Raider (1700/1150) em modo de ataque.
Um guerreiro parecido com um gladiador armado com um machado apareceu.
- Ataca o Beiige! – ordenou ao seu guerreiro.
Fazendo girar o machado, o Axe Raider deu um valente grito de guerra quando ceifou o monstro oponente em dois.

Heishin – 2400

- Deixo duas cartas viradas para baixo e termino a minha vez.
Tinha de apostar naquilo que tinha. Se não tivesse sorte podia ser que não chegasse ao seu próximo turno.
- Foi um bom golpe de sorte – elogiou Heishin, enquanto sacava. – Mas este é o teu último turno. Sillva, ataca o Axe Raider!
O monstro de Heishin empunhou o punhal e avançou ousadamente em direcção ao monstro de Joey. Mas este parecia ter outros planos.
- Activo a minha carta virada para baixo: Magical Arm Shield. Esta carta permite-me tomar o controle de um dos teus monstros e usá-lo como alvo do teu ataque.
Heishin não gostou daquela jogada, e dera-o a entender mesmo com o rosto oculto pela bruma do capuz.
- Presumo que sei qual vais escolher… - rosnou, inquieto.
- O teu Goldd, que tem o mesmo número de pontos de ataque que o teu Sillva – respondeu Joey, triunfante, enquanto via um braço mecânico agarrar na criatura de Heishin e a posicionar mesmo em frente a Sillva. O choque entre ambos provocou uma intensa explosão que os destruiu.
- Podes ter destruído as minhas criaturas, mas o meu Brron tem mais pontos de ataque que o teu Axe Raider – retorquiu Heishin, enquanto Brron avançava.
- Por pouco tempo – redarguiu Joey. – Activo a armadilha Skull Dice.
Um pequeno demónio surgiu no ar, segurando um grande dado vermelho, que largou logo de seguida. O cubo rolou pelo campo, entre as duas criaturas, durante algum tempo, até parar e mostrar duas pintas viradas para cima.
- O ataque da minha criatura é reduzido a metade – gemeu Heishin, vendo o Axe Raider dar uma valente machadada na sua criatura, destruindo-a instantaneamente.

Heishin – 1600

- Maldito – rosnou o Soberano, enquanto olhava as três cartas que tinha na mão. – Invoco Scarr, Scout of Dark World (500/500) em modo de defesa e encerro.
Uma nova criatura de pele avermelhada e quadrúpede surgiu em jogo.
Joey parecia mais confiante. Conseguira vencer aqueles quatro monstros do seu oponente e agora só teria de se preocupar com aquela insignificante criatura de 500 pontos de ataque. Caso conseguisse um monstro bom, podia usá-lo para destruir o Scarr, e depois usaria o seu Axe Raider para vencer o jogo.
- Minha vez. – Sacou e olhou para a carta na mão. Não lhe servia para nada. Teria de atacar com o Axe Raider; fosse como fosse, continuaria em vantagem.
- Axe Raider, ataca o Scarr!
O machado desceu com precisão e cortou ao meio a criatura de Heishin.
- Quando Scarr é enviado para o cemitério – recomeçou Heishin, – eu posso mover um monstro com “Dark World” no nome, e que tenha quatro estrelas ou menos, do meu baralho para a minha mão.
- Então eu só vou deixar duas cartas viradas para baixo e terminar.
- Minha vez, então – disse Heishin. – Activo a carta mágica Pot of Avarice. Com ela, posso recuperar cinco monstros do meu cemitério, adicioná-los ao meu baralho, baralhá-lo e sacar duas cartas.
» De seguida, activo a carta mágica The Cheerful Coffin. Assim, posso mandar três monstros da minha mão para o cemitério.»
“Isto não é bom” pensou Joey, inquieto.
- Agora começa a festa – disse Heishin. – Comecemos pela habilidade especial do meu Gren, Tactician of Dark World. Quando ele é descartado pelo efeito de uma carta, posso destruir uma carta mágica ou armadilha em campo.
Uma das cartas viradas para baixo de Joey estilhaçou-se e desapareceu.
- Depois temos a habilidade de Kahkki, Guerilla of Dark World – continuou Heishin. – Quando ele é mandado para o cemitério, posso destruir uma criatura no campo.
O grito de agonia de Axe Raider não durou muito antes de explodir.
“Isto não é nada bom.”
- Por último, a habilidade de Broww, Huntsman of Dark World. Quando ele é descartado, posso puxar mais uma carta. E é a carta que eu vou deixar virada para baixo antes de terminar.
Joey não tinha cartas na mão. Apenas uma virada para baixo em campo. O seu oponente recuperara bem com todas aquelas jogadas. Mas ele ainda não estava derrotado, mesmo tendo apenas 600 pontos de vida.
- Minha vez. – Puxou a carta e sentiu uma nova onda de sorte pareceu invadi-lo. – Activo a carta mágica Roll of Fate. Agora eu lanço um dado e o número que sair vai determinar quantas cartas vou sacar.
- Mas também vai determinar quantas cartas vais ter de descartar do teu baralho – disse Heishin, enquanto via um novo dado rolar pelo campo. Quando o dado parou havia quatro pintas marcadas na face de cima.
- Boa! Saco quatro cartas! – Mesmo depois descartando quatro do baralho para o cemitério a sua disposição continuava alegre.
- Vou então activar a minha outra carta virada para baixo: Disgraceful Charity. Com esta armadilha, posso recuperar todas as cartas que descartei neste turno, como as quatro que acabei de mandar para o cemitério.
- Boa jogada – murmurou Heishin, nada impressionado.
- Jogo então a carta mágica Landstar Forces. Com esta carta posso invocar todos os monstros com “Landstar” no nome que estiverem na minha mão. E eu invoco o meu Swordsman of Landstar (500/1200), o Knight of Landstar (1000/900), o Grappler of Landstar (1000/500) e o Brigadier of Landstar (900/1200), todos em modo de ataque.
- Nada mal – felicitou o Soberano Negro, quando viu as quatro criaturas no campo do seu oponente, prontas para o ataque. – Infelizmente, receio que não seja o suficiente para me derrotares. Pois eu activo a mágica rápida Gateway to Dark World. Com esta carta posso invocar especialmente um monstro com “Dark World” no nome do meu cemitério. E eu escolho o Broww, Huntsman of Dark World (1400/800) em modo de ataque.
» E lembra-te que a Card of Safe Return ainda está em jogo, o que significa que terei de sacar uma carta. Vamos lá, Weeler, tenta fazer melhor.»
“Os meus não são poderosos o suficiente para derrotarem aquela criatura” pensou Joey, olhando para as três cartas restantes na mão. “Estas vão ter que me ajudar.”
- Jogo três cartas viradas para baixo e encerro a minha jogada.
Heishin fez um som parecido com um leve urro, enquanto sacava, certamente desconfiado com o que aquelas três cartas viradas para baixo.
- Deixo uma criatura em modo de defesa, virada para baixo – declarou. – E deixo duas cartas viradas para baixo.
Joey avaliou bem a sua situação antes de puxar. O seu oponente tinha três cartas invertidas em campo, uma delas sendo um monstro. Joey tinha os seus quatro guerreiros de Landstar e três cartas viradas para baixo. Imaginava o que o seu adversário estaria a esconder por debaixo daquelas cartas. Teria de jogar com cautela.
- Minha vez. Começo por activar uma das minhas cartas viradas para baixo: Landstar Rebellion. Agora, enquanto esta armadilha contínua estiver em jogo, uma vez por turno posso sacrificar um monstro dos meus com “Landstar” no nome para te infligir dano igual aos pontos de ataque da criatura que eu sacrificar. E eu sacrifico o meu Knight of Landstar para te infligir 1000 pontos de dano.
O cavaleiro de Joey começou a correr a toda a velocidade em direcção a Heishin, passando pelo monstro dele e embatendo fortemente contra o Soberano Negro.

Heishin – 600

- Nada mal, Weeler – felicitou Heishin, enquanto recuperava o equilíbrio. – Mas não vai durar por muito. Activo a minha carta armadilha The Forces of Darkness. Graças a esta carta, posso recuperar dois monstros com “Dark World” no nome que estão no meu cemitério e adicioná-los à minha mão. Por isso retorno o Gren e o Kahkki para a minha mão.
- Deixo os meus restantes monstros em modo de defesa e encerro – disse Joey, não se sentindo muito incomodado com aquela jogada.
Heishin puxou e olhou para a carta.
- Sabes, Weeler, este duelo tem sido tão divertido que parece que te estás a esquecer por quem estás a duelar.
Joey arqueou as sobrancelhas. Não tinha ideia do que é que o seu adversário estava a falar. Olhou para o corpo de Odion e a sua raiva aumentou. Esquecera praticamente dele, de tão concentrado que estava com o duelo. Fizera uma promessa ao seu amigo. Uma promessa que teria de cumprir até ao fim, não importava o quanto teria de passar para o conseguir.
- Isso… ódio… É mesmo o que precisas para despoletar o teu verdadeiro poder – continuou Heishin, mostrando uma certa satisfação na voz.
- Do que estás a falar? – indagou Joey, sem tirar os olhos de Odion. Inexplicavelmente as suas mãos tremiam.
- Estou a dizer que este duelo vai terminar de uma forma que nunca imaginaste – declarou o Soberano, enigmaticamente. – Só precisamos de mais uns turnos para te fazer ver as trevas que se encontram no teu coração.
- Eu não tenho nada disso! – gritou o rapaz, cada vez mais nervoso. – Eu não sou como tu.
- Pois não, porque não admites o que és na realidade. Tentas ser diferente de mim, escondendo o ódio que cresce dentro de ti, mas não consegues evitar ser consumido por isso. Dizes que não és como eu, mas falas com uma raiva pouco comum, que em nada tem a ver com o que dizes. Pára de mentir a ti mesmo! Tu e eu somos mais parecidos do que julgas.
- CALA-TE!!! – berrou Joey, levando as mãos aos ouvidos, tentando bloquear as palavras que Heishin proferia. Nunca se tinha sentido assim antes. Um calor intenso no peito, que aumentava à medida que o seu ódio engrandecia dentro de si. O coração batia descompassadamente, as mãos tremiam incontrolavelmente, a cabeça latejava, devido às palavras de Heishin que lhe ecoavam no cérebro.
Heishin observava, divertido, o conflito mental que o seu oponente estava a travar. Não faltava muito para que o rapaz cedesse definitivamente às trevas que teimavam em crescer dentro de si. Joey agarrava-se à cabeça, como que a tentar extrair um parasita inexistente. O Soberano sorriu e voltou a sua atenção ao jogo.
- Deixa-te levar pelas Trevas, Weeler – aconselhou, serenamente. – Não vale a pena continuares a resistir. Prometo-te que no final do meu turno as coisas estarão diferentes.
Joey já não o ouvia. A cabeça pulsava-lhe de tal maneira, que as únicas vozes que ouvia eram as antigas provocações de Heishin. Tentava concentrar-se nas jogadas que o seu adversário estava a preparar, mas não conseguia. Era como se algo se tentasse apoderar de si a todo o custo.
- Revelo o meu monstro: Morphing Jar (700/600) – declarou Heishin. – Quando ele é revelado, ambos teremos de descartar as nossas mãos e sacar cinco cartas novas.
A custo, Joey enviou a única carta que tinha para o cemitério e sacou cinco cartas novas, não se incomodando em sequer olhar para ver quais eram. A sua respiração continuava perigosamente acelerada e na sua mente passavam imagens de Odion no estado actual, vistas de ângulos diferentes, sempre com uma risada maquiavélica como som de fundo.
- Agora activo as habilidades especiais das minhas criaturas – continuou Heishin. – Como descartei o meu Kahkki, um monstro em campo é destruído.
O Grappler of Landstar foi destruído.
- De seguida, activo a habilidade de Gren, destruindo a tua Landstar Rebellion – proferiu o Soberano Negro, provocando o estilhaçamento da carta armadilha de Joey.
- Por último, como descartei o Sillva, a sua habilidade especial permite-me invocá-lo especialmente para o campo.
Mais uma vez, a criatura de Heishin ressurgiu, brandindo o seu punhal com um ar ameaçador.
- A Card of Safe Return ainda está em jogo, o que significa que terei de sacar mais uma carta. Agora sacrifico o Morphing Jar e invoco novamente ao campo Goldd, Wu-Lord of Dark World (2300/1400) em modo de ataque.
Joey não tomava atenção. Fazia de tudo para tirar aquelas imagens da mente. Já não ouvia a risada maligna. Apenas uma voz serena e calmante, que parecia querer amansar com palavras apaziguadoras: “Aceita as Trevas e tudo acabará. Não há nada de mal em aceitar o que somos. O que está mal é negar a nossa natureza…”
Naquela altura, já Heishin tinha mandado as suas criaturas atacar os monstros de Joey. Tanto o Swordsman como o Brigadier foram destruídos sem piedade. Mas o Soberano já não queria saber do duelo. Olhava o seu oponente com satisfação.
- Eu disse que quando o meu turno terminasse as coisas seriam diferentes – declarou. – Estás pronto para aceitar o que és na realidade?
Joey tirou as mãos da cabeça, mas manteve-a abaixada, escondendo o seu olhar. A sua respiração normalizava lentamente, assim como os batimentos cardíacos. As vozes começavam a se dissipar. Uma aura de ódio parecia formar-se em seu redor.
Heishin levou a mão direita a um bolso no interior da túnica e tirou de lá algo pequeno o suficiente para caber na palma. Desviou o seu olhar para o rapaz e atirou-lhe o objecto. Sem levantar a cabeça, Joey apanhou-o no ar e ficou a fitá-lo, como se significasse alguma coisa.
- Sabes o que tens a fazer – disse Heishin, já sério.
Joey sabia. Instintivamente sabia o que teria de fazer com aquele objecto. Agora que aceitara o inevitável, sabia que o seu destino era aquele. Lentamente, levou a palma da mão que segurava o objecto à testa. Subitamente, uma forte luz irrompeu-lhe na testa, durante uns momentos.
- Isso, Weeler – disse Heishin, satisfeito. – Agora levanta a cabeça. Deixa-me olhar para ti.
O rapaz obedeceu. Levantou a cabeça e o Soberano quase gritou de tanto contentamento. Já não olhava para o mesmo Joey de antes. Os olhos negros escondiam uma frieza inigualável. E na fronte, brilhando com uma luz viva, estava uma marca. A mesma marca que os membros do Culto da Morte usavam na fronte. Uma Ankh.

____________________________________________________



Capítulo XXV – O Poder do Mundo das Trevas! O Baralho do Dragão Negro!

Amontut sorriu, não ouvindo os protestos que se passavam do outro lado da grande porta ornamentada. Sabia que podia contar com pelo menos um dos seus Mestres da Escuridão. Heishin era o mais poderoso, o mais inteligente e, principalmente, o melhor manipulador que alguma vez vira. Só ele conseguira convencer quase todos os outros Mestres a se juntarem ao Culto da Morte. As suas técnicas de persuasão eram incríveis. Heishin conseguia penetrar na mente das suas vítimas e extrair o que de pior existia no seu interior. Era capaz de libertar o pior dos instintos e emergi-los com a força de um vulcão. Com apenas algumas palavras podia transformar o mais angelical dos humanos no mais odioso dos demónios. Já para não falar na sua origem desconhecida.
Todos os outros haviam falhado. Striker fora o seu primeiro Mestre. Outrora fora um grande sensei de várias Artes Marciais. Masked Rider era um motoqueiro delinquente, cuja personalidade rebelde e, de certo modo agressiva, intrigara o Sumo-Sacerdote. Blacklown era um palhaço diabólico. A sua especialidade, ao invés de fazer rir as crianças, consistia nos inúmeros infanticídios que havia praticado ao longo da vida. Rex Raptor e Lizaron Reptile eram dois irmãos que quase nunca se viam, mas que tinham muito em comum: usavam répteis nos seus baralhos, agiam como dois répteis e tinham cérebro de réptil. Allister McCroak era um inglês excêntrico, cujas habilidades no duelo lhe deram o primeiro lugar nas Ligas Britânicas. Sworden Kenshin era um samurai, um dos últimos que ainda se designava a vestir como os antigos guerreiros. Bonz fora uma alma perdida que encontrara no Shadow Realm e decidira resgatar, uma vez que lhe detectara um grande potencial. Jullian Czar era um tipo que se julgava um gladiador romano. Tirando essa sua esquisitice, as suas habilidades eram excelentes. Vradevil era um autêntico demónio, embora os seus poderes do Inferno não chegassem aos calcanhares de Heishin. Por fim, Dragana era uma duelista que usava um baralho de dragões, e cuja habilidade fazia dela uma boa adição ao seu exército.
Todos eles falharam. Restava apenas Heishin, o mais poderoso dos doze. Nesta altura já ele fizera o principal. Convertera Joey Weeler num servo do Culto da Morte. Agora tudo dependia do resultado do confronto. Apesar das habilidades persuasoras de Heishin, Amontut já não se importava se o seu Mestre da Escuridão ganhava ou perdia o duelo. Caso perdesse, podia controlar a mente de Weeler, uma vez que o rapaz aceitara o poder contido naquela Ankh. Caso o Weeler perdesse, continuaria com Heishin. Amontut não perderia nada. Só tinha de esperar pelo fim do duelo…

***

- Agora que estamos mais compatíveis, Weeler, o que me dizes de continuarmos este duelo? – propôs Heishin, divertido.
Joey não respondeu. O seu olhar fitava o Soberano Negro com um ar ameaçador. Na fronte brilhava a Ankh, com uma luminosidade bem viva.

Joey – 600
Heishin – 600
Beiige, Vanguard of Dark World – 1600 ATK/1300 DEF
Sillva, Warlord of Dark World – 2300 ATK/1400 DEF
Goldd, Wu-Lord of Dark World – 2300 ATK/1400 DEF


- Do que estás à espera para atacar? – indagou o rapaz, a voz uníssona, como se tivesse duas vozes a falar em coro. – O teu Beiige ainda está em posição.
Heishin riu às gargalhadas.
- Eu já disse que termino a minha jogada – disse, divertido. – Vamos alargar isto mais um bocado. Não achei justo atacar-te directamente enquanto estavas a debater-te.
Joey levou a mão ao topo do baralho e sacou.
- Vou invocar Gearfried the Iron Knight (1800/1600) em modo de ataque.
O cavaleiro de ferro surgiu em campo.
- E com ele, ataco o teu Beiige – anunciou Joey, o mais sério possível.
Gearfried correu pelo campo e destruiu o demónio do Soberano Negro.

Heishin – 400

- Termino a minha vez.
Heishin já não ria. Tinha de ter cuidado com aquele rapaz. Agora que o convertera num servo do Mal, tinha duvidas se fizera bem. Tinha conhecimento das habilidades espantosas de Joey; se calhar aquela mudança o teria tornado num melhor estratega.
- Meu turno. – Sacou e viu a carta que acabara de sacar. – Activo a carta mágica Mirage of Nightmare. De seguida, ataco o teu monstro com o meu Sillva.
O monstro ergueu o seu punhal e avançou a toda a carga contra o cavaleiro de ferro.
- Activar armadilha: Negate Attack – retorquiu Joey, sucintamente. Nem se deu ao trabalho de explicar o efeito da carta. Apenas observava pacientemente o seu oponente, esperando que ele terminasse a jogada.
- Deixo duas cartas viradas para baixo e encerro – declarou Heishin.
Joey nada dizia, enquanto sacava. Parecia que a mudança o deixara mais calado, mais neutro e, acima de tudo, mais antipático.
O holograma da carta Mirage of Nightmare começou a brilhar.
- Antes que possas fazer alguma coisa – interveio o Soberano, – o efeito da minha carta mágica é activado. Durante a tua Fase de Espera eu saco cartas até ter quatro cartas na mão. Mas na minha Fase de Espera terei de descartar o mesmo número do meu baralho.
- Passo o meu Gearfried para modo de defesa – proferiu Joey, quando o seu oponente sacou duas cartas. – Activo a carta mágica Foolish Burial.
Nada mais disse. Felizmente, Heishin conhecia o efeito da carta que o seu oponente acabara de jogar. Joey procurou no baralho por uma criatura e enviou-a para o cemitério.
- Activo a minha carta virada para baixo: Call of the Haunted.
Heishin recuou uns passos para trás, enquanto via uma criatura alta e calva surgir do nada.
“Ele descartou o Jinzo (2400/1500) quando jogou a Foolish Burial” pensou o Soberano Negro, inquieto. “Foi uma boa jogada. Com aquela criatura em campo, cartas armadilha não têm qualquer efeito.”
- Ataco o teu Sillva – disse Joey, neutramente.
O monstro de Joey formou um raio entre as duas mãos, lançando-o depois contra a criatura de Heishin, desintegrando-a.

Heishin – 300

“Se isto continua assim, perco o duelo” pensou Heishin, preocupado. Começava a ponderar se fizera bem em converter o seu oponente…
- Termino.
Heishin preparava-se para sacar, mas sondava o rapaz, procurando por alguma falha. Nada! O rosto do seu oponente parecia uma rocha, na qual fora esculpida uma cara séria. O olhar era penetrante, não se desviando nem por um momento. Nisto até Heishin se surpreendeu. Sabia que Joey tinha uma grande quantidade de ódio dentro de si, mas desconhecia que era assim tanto. Fosse como fosse, tinha de acabar com aquilo; não podia ser derrotado.
- Minha vez. – Sacou e a carta mágica que havia activado no seu turno anterior voltou a brilhar. – O efeito da Mirage of Nightmare é activado. Terei de descartar o mesmo número de cartas que saquei na tua Fase de Espera.
Descartou duas cartas para o cemitério.
- Passo o meu Goldd para modo de defesa – anunciou. – E invoco ao campo Zure, Knight of Dark World (1800/1500) em modo de defesa.
» De seguida, deixo uma carta virada para baixo e encerro.»
Não podia continuar assim. O seu oponente estava a arrasá-lo. Esperava que a carta virada para baixo o pudesse ajudar, embora não tivesse tantas expectativas.
Joey sacou, silencioso como sempre. E mais uma vez, a carta mágica de Heishin brilhou novamente.
- A minha carta activa-se, o que significa que terei de sacar três cartas – anunciou, o que em nada incomodou Joey.
- Activo a carta mágica de equipamento Amplifier – disse, sem mais uma vez dar mais detalhes.
“Com aquela carta equipada no Jinzo, ele pode usar cartas armadilha.” Heishin sentia-se cada vez mais desesperado.
- Passo o meu Gearfried para modo de ataque e ataco com ambos os meus monstros.
O Soberano Negro nada pôde fazer, enquanto via as suas criaturas serem dizimadas pelos monstros do seu adversário. Mas ainda não tinha dito a sua última palavra.
- Activo a mágica rápida Gateway to Dark World. Com esta maravilha posso trazer de volta uma criatura com “Dark World” do meu cemitério. É bom rever-te, Sillva.
A criatura de Heshin voltou, sempre armada com o seu punhal.
- E mais uma vez a carta mágica Card of Safe Return permite-me sacar mais uma carta.
- Deixo uma carta virada para baixo.
Heishin voltou a sondar o rapaz. Não havia nenhuma reacção da parte dele, o que seria estranho. Agora que o seu Sillva estava de volta, podia usá-lo para destruir o Gearfried e infligir directamente 500 pontos de dano em Joey.
- Minha vez. Hmm… – Um sorriso formou-se no seu semblante. Finalmente… – E graças ao efeito da Mirage of Nightmare, descarto três cartas para o cemitério.
Naquele mesmo momento um novo monstro apareceu em jogo. Um gigantesco e encorpado monstro, que segurava uma grande lança.
- Apresento-te a minha mais poderosa criatura. O monstro que te vai derrotar. Reign-Beaux, Overlord of Dark World (2500/1800). Invocado especialmente, uma vez que o descartei com o efeito da Mirage of Nightmare.
O monstro soltou um poderoso urro, que ecoou pela floresta inteira. Joey mirava-o com a mesma neutralidade de antes, como se já tivesse visto criaturas daquelas antes e soubesse lidar com todas elas.
- Chegou a hora de acabar com isto – anunciou Heishin, já mais aliviado. Tinha a certeza que o seu adversário não iria passar daquele turno. – Reign-Beaux, destrói aquele Gearfried e acaba com o resto dos seus pontos de vida.
A criatura ergueu a lança e correu em direcção ao cavaleiro de ferro de Joey. Heishin desviou o olhar do seu monstro para fitar o seu adversário. O rapaz mantinha a sua expressão neutra, o que intrigava o Soberano Negro. Estaria Joey a esconder alguma jogada?
- Activar armadilha – proferiu Joey, antes que Reign-Beaux atingisse Gearfried. – Compensation Mediation.
Naquele momento, todos os monstros em jogo desapareceram. Heishin não compreendia o que se estava a passar, mas o seu adversário nada dizia. Joey tirou a carta do Duel Disk e, num acto ríspido, mandou-a ao Soberano. Heishin apanhou-a e ficou a olhar para ela, confuso.
- Que faço com isto? – perguntou. – E por que os monstros todos desapareceram?
Joey nada disse, continuando a olhar o Soberano como se nada se passasse.
- Podes explicar-me o efeito da carta, se não for muito incómodo? – pediu.
- Lê a carta – foi o que o rapaz disse, sem adiantar mais detalhes.
Heishin começava a ficar farto daquela atitude. O seu oponente mudara muito. O ódio contido naquele rapaz era maior do que pensava. Ao que parecia, Joey já andava há algum tempo agónico, por motivos que Heishin desconhecia. E o facto de ter enviado a alma de Odion para o Deus do Mal fora apenas o empurrão final para que as trevas no coração do jovem se alastrassem mais.
- Muito bem – disse, quando terminou de ler o efeito. – Para começar, tenho de tirar duas cartas do cemitério e baralhá-las junto com esta carta. Depois, só tenho de as deixar viradas para baixo no campo e tu terás de adivinhar qual das três é a tua. – Deixou as três cartas viradas para baixo. – Se adivinhares corr…
- A da esquerda – interrompeu Joey, o que deixou Heishin furioso.
Lentamente, a carta foi sendo revelada, perante os olhares fixos de ambos os duelistas. Joey continuava neutro como sempre.
A carta era a Compensation Mediation.
- Tiveste sorte, Weeler – comentou Heishin, devolvendo a carta ao seu dono. – Como acertaste correctamente a minha Fase de Batalha termina aqui. Mas as duas cartas que trouxe do cemitério voltam para a minha mão.
Os monstros regressaram ao campo. Reign-Beaux voltou á sua posição original.
- Deixo uma carta virada para baixo – concluiu Heishin.
Joey sacou e, finalmente, desviou o olhar de Heishin e olhou para a nova carta. A carta mágica contínua de Heishin voltou a brilhar, mas o rapaz não ligou nenhuma. O Soberano sacou três cartas do baralho.
- Sacrifico Gearfried e invoco Cyber-Tech Alligator (2500/1600) em modo de ataque – proferiu o jovem, invocando uma espécie de réptil voador, equipado com acessórios cibernéticos.
Heishin ficou ainda mais preocupado. Apesar da nova criatura de Joey estar em pé de igualdade com o seu Reign-Beaux, o seu Sillva ainda era um alvo fácil. E enquanto o Jinzo estivesse em jogo, não podia activar a sua carta virada para baixo.
- Ataco o teu Sillva com o Cyber-Tech.
O réptil planou pelo campo a grande velocidade e fincou as enormes garras no torso do monstro, destruindo-o.

Heishin – 100

- Termino.
Heishin estava em pânico. O seu oponente estava a massacrá-lo impiedosamente. Mesmo com a sua criatura mais poderosa em jogo, duvidava que conseguisse virar aquela partida.
- Minha vez. – Puxou. – Agora, graças ao efeito da Mirage of Nightmare, terei de descartar três cartas para o cemitério.
» De seguida, ataco o teu Jinzo com o meu Reign-Beaux.»
O monstro de Heishin, desta vez, não tinha nada que o impedisse de atacar e destruir o monstro de Joey. Este, contudo, não parecia minimamente preocupado com a perda.

Joey – 500

- Só falta arranjar uma forma de derrotar o teu Cyber-Tech e estás arrumado – disse Heishin, voltando a ganhar confiança.
Joey não ligou nenhuma ao que o seu oponente dissera. Deitou a mão ao topo do baralho e, com a mesma veemência, rigidez e secura de sempre, sacou uma nova carta.
- Joey Weeler…
O olhos do rapaz abriram-se um pouco mais, perguntando-se que voz era aquela que lhe acabara de sussurrar ao ouvido. Parecia uma voz gélida, enviada pelo vento, que lhe falara ao passar por si. Talvez tivesse sido a sua imaginação. Talvez não se devesse preocupar com coisas insignificantes e levar aquele duelo adiante.
Olhou para a carta que acabara de sacar. A carta que Odion lhe havia oferecido. A carta rara que Odion dissera para ter cuidado. Na verdade, tinha em mãos algo que nunca vira antes. O uso daquela carta no momento certo dar-lhe-ia a vitória naquele duelo, sem sombra de dúvidas. Contudo, havia algo que lhe prendia o olhar à carta. Nada que não pudesse combater, mas sentia uma estranha atracção que nunca sentira antes. Não podia distrair-se…
Naquela altura já Heishin havia sacado duas cartas, devido ao efeito de Mirage of Nightmare.
- Passo – foi o que Joey conseguiu dizer, sem tirar os olhos da carta.
Heishin não compreendeu a atitude do seu oponente, mas também não fez muitas perguntas.
- Minha vez, então – disse, enquanto sacava. – Em primeiro lugar vou enviar duas cartas para o cemitério, devido ao efeito da minha carta mágica. De seguida, deixo uma carta virada para baixo e activo a carta mágica Destructive Storm. Esta carta destrói todas as cartas mágicas e armadilhas em jogo e manda 100 pontos de dano ao meu oponente para cada carta destruída. Tendo duas cartas viradas para baixo e duas mágicas contínuas activas, perdes 400 pontos de vida.

Joey – 100

Mas Joey nem dava por nada. Na sua mente passavam coisas que o distraíam do duelo. Via-se sozinho, num espaço imenso, sem nada em volta. Todo o local parecia envolto numa densa neblina, e o ambiente parecia demasiado frio. Joey estava de pé, sentindo uma corrente de ar gélida que o fazia tremer de frio. Uma sombra escura parecia serpentear em seu redor, mas o rapaz nada via, embora pudesse ouvir sussurros vindos de todos os lados. Sussurros inaudíveis, mas que se iam tornando cada vez mais nítidos, à medida que Joey se ia apercebendo da presença da sombra escura…
- Joey Weeler…
- Quem… quem falou? – indagou o rapaz, olhando para todos os lados, notando algo que se mexia à sua volta.
- Não sabes?
Joey engoliu em seco. Nuvens de vapor saiam-lhe da boca cada vez que expirava. O ar era cada vez mais frio.
- Eu sou a manifestação do teu lado negro – sibilou a voz, enquanto serpenteava em volta das várias partes do corpo de Joey. – O ódio que se instalou no teu coração. A malevolência que foste adquirindo ao longo deste duelo. Podes chamar-me de Apocalypse.
Joey continuava sem perceber onde se encontrava. Tremia cada vez mais, embora não soubesse se era de frio, se de medo.
- Onde… onde estou? – perguntou, tiritando.
- Este lugar é o canto mais recôndito de ti – respondeu a sombra, parando por fim de andar às voltas e estacando em frente a Joey. Apocalypse tomou uma forma mais humana, embora se parecesse mais com uma silhueta escura de um ser alto. Somente dois olhos avermelhados eram distintos.
- O canto… – Joey continuava sem compreender. Mirava aquela figura com algum temor.
- O canto que vai crescendo no teu coração. As Trevas que crescem dentro de ti. Tudo graças ao ódio e ao medo que guardaste dentro de ti. Tudo isso resultou nisto…
Então, foi como se uma janela circular se tivesse aberto e Joey pôde ver-se a si mesmo, no meio de uma clareira, enfrentando alguém que reconheceu como sendo Heishin. Mas o que mais o surpreendeu foi quando olhou para a sua figura, sem no entanto reconhecer a pessoa que via. Não se parecia nada consigo mesmo, ostentando aquela expressão neutra, embora diabólica, nem olhando em frente com aqueles olhos escuros. Muito menos aquele símbolo que lhe brilhava na fronte. Uma Ankh…
- Não…
- Sim… – retorquiu Apocalypse, fechando a janela. – Aquele és tu. Se não fosse aquele Mestre da Escuridão te ter aberto os olhos para a verdade, continuarias a viver em sofrimento. Finalmente aceitaste-me.
» Este frio que sentes é o gelo do teu coração. Graças a mim e à pedra egípcia que se alojou na tua mente conseguiste ver a realidade. És agora um ser maligno…»
- Não… - repetiu Joey, deixando-se cair de joelhos.
- Não te preocupes. Não estás sozinho. Eu estou aqui para te proteger. Eu estarei aqui para quando mais precisares. Só tens de me aceitar mais uma vez… jogando a carta que acabaste de puxar.
- Yugi… Tristan… Téa…
- Eles não estão aqui agora – sussurrou Apocalypse ao ouvido de Joey. – Apenas eu… e prometo que nunca te abandonarei. Serei o melhor amigo que jamais tiveste.
Joey levantou a cabeça e olhou para Apocalypse. Os olhos vermelhos pareciam olhá-lo com ternura. Aos poucos, o gelo do local pareceu-lhe mais acolhedor. De incómodo passou a sentir um certo conforto. A sombra tomou-o nos braços e o rapaz aconchegou-se comodamente.
- Então? – A voz de Heishin fê-lo regressar à realidade. – Que se passa contigo, Weeler? Por que não jogas?
Joey desviou o olhar da carta que Odion lhe oferecera e mirou o seu oponente.
- Chegou a hora de acabar com isto – proferiu. – O teu fim chegou…
- Pareces mais falador que o costume – comentou Heishin, sorrindo. – Que se passa? Já não estás tão confiante como antes?
Joey colocou a carta na mão esquerda e, com a direita, tirou o resto do baralho da abertura.
- A minha última jogada será mandar todo o meu baralho para o cemitério. – Perante o olhar espantado de Heishin, Joey enviou, sem hesitar, as restantes cartas para o cemitério. – E agora invoco ao campo a minha última criatura: Apocalypse, the End of the World (?/?).
Subitamente, uma sombra escura invadiu toda a clareira. Uma silhueta gigantesca, com dois olhos avermelhados surgia atrás da figura imponente de Joey. Heishin recuou uns dez passos, assustado com a repentina aparição do ser gigantesco. Os olhos vermelhos pareciam fitá-lo ameaçadoramente. Foi então que o Soberano Negro reparou que todos os monstros no campo tinham desaparecido. Foi nesse momento que sentiu como se algo dentro de si lhe começasse a ser tirado. Desesperado, olhou para o Duel Disk e ficou alarmado ao ver que os seus pontos de vida acabavam de chegar a zero. Olhou para Joey com um horror que nunca havia sentido antes, quando começava a ver tudo desfocado.
- Weeler… Não passas de… um… demónio… – murmurou, antes de cair de costas e não mais se mexer.
A sombra desapareceu e a clareira voltou a ser iluminada pela luz do sol do meio da tarde. Joey deitou os olhos no corpo imóvel de Heishin, cuja alma parecia ter sido levada, como punição por ter perdido o duelo. O rapaz caminhou até ao corpo e, sem muitas demoras, pesquisou-lhe a indumentária, conseguindo encontrar o que procurava: uma Pinta, a que faltava para poder classificar-se para as finais. Enquanto olhava para a pequena moeda dourada, na sua mente via-se de novo naquele espaço recôndito, onde a sua figura continuava a abraçar a silhueta escura de Apocalypse.
- Fizeste um bom trabalho – congratulou com uma voz terna.
- Obrigado – sussurrou Joey.
- Mereces uma recompensa pela tua vitória… Algo que vais gostar muito…
O rapaz ergueu os olhos para a sombra, esperançado.
- O que é?
- Estende a mão – pediu Apocalypse.
Joey obedeceu e na palma da sua mão surgiu um baralho do nada.
- O teu novo baralho – explicou Apocalypse. – É conhecido pelo Baralho do Dragão Negro e possui cartas muito poderosas. Mas só o podes ter com uma condição…
O rapaz continuava a mirar o seu novo deck, vendo carta por carta e arregalando os olhos perante as criaturas, magias e armadilhas que tinha em mãos. Era bem capaz de conseguir rivalizar com os maiores duelistas com aquele baralho em mãos. Podia muito bem enfrentar Seto Kaiba ou Yugi de igual para igual. Podia mesmo derrotá-los.
- Tudo o que for preciso – disse, hipnotizado com cada uma das cartas que observava.
- Óptimo. O preço… será a tua alma…
Joey não parava de olhar para o baralho. Não lhe parecia um preço muito alto a pagar.
- Aceito…
Naquele momento uma luz irrompeu no local, distraindo tanto Joey como Apocalypse. Ambos olharam para trás e viram que a luz provinha de um símbolo que pairava a uns metros acima deles. Aquela insígnia era bem familiar para ambos, uma vez que Joey acabara por a aceitar quando tomou as trevas que invadiam o seu coração. Uma Ankh…
- Joey Weeler! – bradou uma voz possante, que parecia ecoar pelo local, e que vinha da Ankh. – O meu nome é Amontut e sou o Sumo-Sacerdote do Culto da Morte.
Joey sabia que aquela voz não pertencia ao seu subconsciente. Alguém acabara de invadir a sua mente. A sombra escondera-se atrás do jovem, protegendo-se da luz.
- Conseguiste derrotar o mais poderoso de todos os meus Mestres da Escuridão – continuou a voz, de nome Amontut. – Mas como aceitaste a Ankh de bom grado, passas a fazer parte do meu Culto, tornando-te num Mestre da Escuridão.
- Não o ouças – disse Apocalypse ao ouvido do rapaz. – Não precisas dele. Não precisamos dele.
- Venceste Heishin e isso é de louvar – continuou Amontut. – Que achas de te juntares a mim? Usarias o teu poder em prol do nosso deus…
- Ele é um estorvo – insistiu Apocalypse. – Ele nunca estará aqui contigo, como eu…
- Ajuda-me a reunir almas para o grande Seth e serás bem recompensado. Junta-te a mim, Joey Weeler…
Nisto, a intensidade da luz aumentou ainda mais, tentando ofuscar o rapaz. Todavia, Joey mantinha os olhos bem abertos, não se deixando levar pela persuasão daquela voz, que em nada o convencera. Apocalypse tinha razão. Amontut não estava ali com ele; como teria a certeza que ele era de confiança?
O rapaz levantou-se, olhou para a luz e falou:
- Não preciso de ti! – bradou para o símbolo luminoso. – Já tenho tudo o que preciso. Vai-te daqui e nunca mais voltes!
- Vais-te arrepender disto, Weeler – ameaçou Amontut. – Como não aceitas ajudar-me, só há uma coisa a fazer: vou ficar com a tua alma e dá-la ao grande Seth. Tenho a certeza que será uma adição perfeita…
Foi como se uma explosão de luz se tivesse dado em toda a sala. Apocalypse gritou, como se a luz o ferisse, e escondeu-se ainda mais atrás do jovem. Joey não se deixou intimidar. Instintivamente, ergueu as mãos em direcção à Ankh e bradou em plenos pulmões:
- DESAPARECE!
E então, tão rapidamente como começou, tudo acabou. A luz desapareceu subitamente, ficando no ar os contornos da Ankh. A voz de Amontut não se ouvia mais. Tudo estava novamente envolto no mesmo silêncio de sempre.
- Fizeste o correcto – disse Apocalypse, saindo detrás do jovem e serpenteando em frente deste. – Agora nada nos vai separar…
Joey concordou. Nunca se havia sentido tão bem em toda a sua vida. Não se sentia já sozinho, tinha um amigo que estava sempre com ele e que não o abandonava. Agora só faltava inscrever-se para as finais do torneio, já que o tempo parecia estar a findar e havia poucas vagas.
Enquanto caminhava pela floresta, olhava para a carta que Odion lhe oferecera. Como Odion conseguira tal carta? E por que nunca a havia usado antes? Não sabia o que perdera…
Ainda havia duas vagas para as finais. Joey não tardou a se inscrever. Perguntava-se como Yugi e os outros se haviam dado nas eliminatórias. Mal podia esperar para os encontrar e mostrar o poder que agora possuía.
- Eles nunca irão entender – interveio Apocalypse. – Vão logo tentar separar-nos, quererão destruir-me…
- Eles não farão isso – assegurou Joey, continuando a mirar a carta. – Nada nem ninguém nos irá separar. Prometo…

***

Um rapazinho, aparentando ter uns dez anos, olhou para o seu adversário, um adulto de nariz comprido e cabelo longo. Ambos disputavam um duelo acirrado num local mais distante de Chip Town. Ambos tinham apenas 200 pontos de vida, embora o rapaz não tivesse monstros no campo e o seu oponente tivesse um Hyozanryu (2100/2800) em modo de ataque.
- E agora, rapaz, qual será a tua jogada? – perguntou o homem, sorrindo. – Tem sido um longo duelo, mas as vagas para as finais estão a terminar e eu queria acabar com isto rapidamente. Por isso, se fizesses a tua última jogada…
O rapaz não tinha cartas na mão. Aquele saque teria de ser mesmo o definitivo para acabar com aquele duelo com a sua vitória… ou derrota…
- Minha vez! – anunciou, puxando. Um rosto de alegria formou-se no seu semblante. O homem não gostou daquela expressão.
- Que se passa? – perguntou. – Tiraste alguma coisa boa?
- Tirei esta carta mágica – disse o rapaz, activando-a. – Ela faz com que eu remova monstros do meu cemitério de forma a criar um poderoso monstro de fusão. Uma criatura com 2500 pontos de ataque.
- O quê? – gritou o homem, quando viu a sua criatura ser arrasada pelo monstro do jovem, fazendo com que os seus pontos de vida reduzissem a zero.
O rapaz sorria enquanto o seu oponente lhe entregava a Pinta que havia apostado. Olhou para a Manopla, onde brilhavam agora sete Pintas, antes de correr em direcção ao painel mais próximo e fazer inscrição para as finais.
- Que sorte – comentou, alegremente. – Ainda há uma vaga. É melhor inscrever-me antes que…
Parou de falar quando leu o nome dos restantes finalistas. Sabia que o seu ídolo, Yugi Mutou, estava nas finais, mas o que surpreendeu mais foi um outro nome que não estava à espera de ver naquela lista. Os seus olhos abriram-se muito quando o leu.
- Ele também está nas finais – murmurou, incrédulo. – O meu irmão…

***

Amontut amaldiçoou a sua sorte. Não conseguira controlar a mente de Joey Weeler, muito menos enviar a sua alma para o grande Seth. Parecia que o jovem estava com mais alguém naquele canto recôndito, onde esperava encontrá-lo sozinho, assustado e confuso. A misteriosa entidade nebulosa conseguira chegar primeiro e persuadir o espírito do Weeler. Mesmo com o poder da Ankh, o rapaz era imune aos poderes do Sumo-Sacerdote. A distância também não ajudava. Esperava que aquele rapaz não atrapalhasse os seus planos de conseguir capturar a alma de Yugi Mutou.
Os seus doze Mestres da Escuridão haviam falhado por completo. Mas nem tudo estava perdido. Seto Kaiba continuava na posse da carta mágica que garantira a vinda de muitas almas poderosas. O espião infiltrado na Technological Industries aguardava por novas ordens. E Aaron já estava nas finais, pronto para enfrentar Yugi.
Amontut sorriu. As coisas podiam não ter corrido bem para o seu lado durante aquele dia, mas isso não queria dizer que tudo estaria perdido. Aliás, tudo estava a correr cada vez melhor. Só teria esperar pelo decorrer das finais e, muito em breve, teria a alma do pequeno Yugi consigo, deixando o espírito do Faraó livre para poder usar completamente o poder do Puzzle e libertar o grande Seth.
“Esperai um pouco mais, ó Grande Seth” pensou Amontut, como se o imenso ser atrás da grande porta ornamentada o ouvisse. “Esta foi apenas uma primeira fase. O melhor… ainda está para vir…”


Espero que tenham gostado. Esta é a primeira parte da minha fanfic. A segunda parte chama-se "O Sacerdote das Trevas", e já 10 capítulos estão escritos. Comentem e boas entradas para 2012.
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MensagemAssunto: Re: Yu-Gi-Oh! O Torneio de Horus   Yu-Gi-Oh! O Torneio de Horus - Página 3 Icon_minitime2/1/2012, 8:15 pm

li os últimos 4 capítulos em sequência e a qualidade da fanfic não caiu, ao invés disso está até melhor. por favor poste logo a 2 parte Very Happy
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